Dão

Instituida em 1908, o Dão é uma das mais antigas denominações de origem do mundo.  Situada no centro norte de Portugal, na região da Beira Alta, é uma região delimitada por montanhas: Estrela, Açor, Caramulo, Arada, Montemuro, Buçaco e Lapa. Uma paisagem de colinas suaves serpenteadas por rios como o Dão (que lhe dá o nome), o Mondego, o Paiva, o Vouga, ou o Alva. No solo predomina o granito, o que confere aos vinhos uma acidez e mineralidade notáveis. O relevo acidentado e a proximidade das montanhas criam um microclima caracterizado por invernos frios e chuvosos e verões quentes e secos. As grandes amplitudes térmicas que se verificam no final da campanha vitícola são elementos fundamentais para a excelência dos vinhos do Dão. 

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Vinhas Velhas

Algumas são centenárias, outras ainda não chegaram aos cem! Mas a maioria das nossas vinhas velhas mais de 60 anos, foram plantadas pelo pai do António ainda “à moda antiga”, à elfa. Todas foram co-plantadas, muitas vezes com uvas brancas e tintas à mistura.

A co-plantação tinha várias funções importantes: era uma forma de garantir a produção todos os anos pois uma vinha com grande diversidade de castas é uma vinha mais forte, mais resistente ao ataque de pragas ou à força das intempéries. Não podemos esquecer que o vinho era (e continua a ser) parte integrante da dieta, o vinho acompanhava a comida e era importante garantir a colheita todos os anos; a co-plantação era ainda um saber que passava de geração em geração, os agricultores sabiam que algumas das castas tinham de ser plantadas em maior quantidade pois representavam a “coluna dorsal” do vinho, outras, pelo contrário eram plantadas em pequenas quantidades, para dar um pouco mais de acidez, ou de frescura, um pouco mais de álcool ou doçura, como se de um tempero se tratasse (tal como acontece com a comida)!

E é assim que entendemos a co-plantação (e a co-fermentação). Uma forma de “cozinhar” um vinho equilibrado, rico, repleto de sabor e texturas.

Casa de Mouraz Elfa

De uma vinha com quase cem anos, com cerca de 30 variedade de uvas diferentes entre elas Baga, Jaen, Tinta-Pinheira, Alvarelhão, Bastardo, Tinto Cão, Trincadeira, Camarate, Cornifesto, Castelão, Touriga-Fêmea, Marufo, Tinta-Carvalha e umas quantas castas brancas como o Barcelo, Bical, Encruzado, Malvasia-Fina-Roxa-Rei (e sem a presença da casta Touriga-Nacional), surge um dos ícones da CASA de MOURAZ – o ELFA. 

Elfa é uma homenagem ao trabalho manual realizado por todos os agricultures e viticultores que nos precederam, ao seu saber e legado, ao imenso património genético que constitui o emparcelamento das nossas vinhas antigas. 

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Vinha do Pego

Uma das nossas vinhas mais emblemáticas, junto à ecopista do Dão (antiga linha férrea do Dão), onde enormes rochedos de granito se elevam na paisagem. Vinha cheia de diversidade, com a floresta de carvalhos, pinheiros, eucaliptos, castanheiros, sobreiras e outras árvores, onde emergem as grandes pedras com formas bizarras. Cerca de 5 hectares, junto ao rio Dinha (um afluente do Dão), num ambiente cheio de frescura.  O Pego é uma vinha onde a natureza se apresenta no seu estado quase puro e selvagem!  

Aqui temos plantadas sobretudo castas brancas tais como o Encruzado, a Bical, a Malvasia-Fina, o Alvarinho e o Arinto, entre outras. 

Casa de Mouraz Encruzado

O Encruzado é uma casta autóctone da região do Dão e uma das mais belas castas brancas portuguesas. De bago pequeno e de cor amarelo-claro, produz vinhos de excelente qualidade, onde a delicadeza, complexidade aromática e acidez combinam com notas florais e uma grande mineralidade. Com um notável equilíbrio entre o álcool e a acidez, é uma casta que produz vinhos com um enorme potencial de envelhecimento, mantendo intacta a sua frescura e intensificando a sua complexidade, estrutura e mineralidade. As suas notas vegetais e florais fazem lembrar frutos secos como a avelã, a noz ou o pinhão. É a casta branca por excelência da região do Dão e uma das castas rainhas de Portugal. 

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Vinha da Nossa Senhora da Esperança

O monte da Sra. da Esperança é uma das nossas vinhas mais recentes. As primeiras parcelas foram plantadas em 2005 mas o incêndio de 2017 destruiu as plantas ainda jovens. No anos seguintes foram sendo replantadas com diferentes castas tintas, totalizando cerca de 10 hectares entre vinhas em patamares e ao alto, lembrando um pouco a paisagem do Douro. O solo é pedregoso, granito no subsolo e argila à superfície, com a presença de muitos cristais de quartzo. Do alto do monte da Sra. da Esperança avista-se a Serra da Estrela a este e, no lado oposto, a Serra do Caramulo, que protege as nossas terras da influência mais agreste do Atlântico, tornando mais suaves as brisas marítimas. 

Casa de Mouraz Private Selection

É o nosso único vinho onde o estágio em barrica desempenha um papel importante. Um lote dominado pela Touriga – Nacional (60 a 70%), outra das castas autóctones da nossa região, seguida pela presença da casta Jaen (ou Mencia, como se diz na vizinha Espanha). Uvas provenientes de duas parcelas de vinha bastante diferentes compõem este lote que faz estágio em barrica de carvalho francês durante cerca de 12 meses. A exuberância da Touriga-Nacional e a delicadeza e caracter aveludado do Jaen fazem um par perfeito. 

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Vinha do Outeiro e Chão do Vale

Estas parcelas, localizadas em Mouraz, quase ao lado de casa, são a base do nosso vinho branco CASA de MOURAZ. Foram plantadas à moda antiga pelo pai do António nos anos sessenta, em regime de co-plantação. As castas predominantes são a Malvasia-Fina, o Bical e o Encruzado, mas também há várias plantas de outras castas tais como a Uva-Cão ou Cachorrinho (ou Esgana-Cão), o Fernão Pires, o Barcelo, o Cerceal, entre muitas outras, que funcionam como o “tempero” do vinho. Todas juntas criam um lote bastante diverso e equilibrado – umas castas dão a estrutura, outras os aromas, outras a acidez ou a frescura, outras o corpo – e todos os anos o lote varia ligeiramente, mantendo no entanto uma identidade e personalidade única.

Casa de Mouraz Tinto

É o nosso tinto de entrada, o nosso primeiro vinho, aquele que representa de forma perfeita a diversidade de parcelas que constituem a CASA de MOURAZ. Feito em cuba de inox fermenta de forma natural durante duas semanas, seguido de um estágio também em inox entre 2 a 3 anos. Tem uma filtração muito ligeira.

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Casa de Mouraz Branco

O nosso primeiro branco, feito de uvas das vinhas velhas plantadas pelo pai do António na década de sessenta. Um lote de cerca de 15 diferentes variedades co-fermentadas em cuba de inox de forma natural durante três meses. Estagia depois com a borra fina (com battonage) durante 6 a 9 meses, seguido de engarrafamento. 

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Casa de Mouraz Rosé

É um rosé de prensa directa onde o contacto com a película ocorre apenas durante o esmagamento e prensagem das uvas. Feito com diferentes castas tintas como a Touriga-Nacional, o Jaen, a Tinta-Roriz e o Alfrocheiro, fermenta em depósito de inox durante cerca de 2 meses. Estágio em inox durante 3 a 6 meses. 

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Casa de Mouraz Clarete

É um clarete feito com uvas tintas e brancas, um tinto à moda antiga. Feito com diferentes castas tintas e brancas como Touriga-Nacional, Jaen, Tinta-Roriz, Rufete, Encruzado, Malvasia-Fina e outras,  fermenta em depósito de inox durante várias semanas. Estagia em inox durante 9 meses e é engarrafado sem filtração. Perfeito para beber no Verão!

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A adega de Mouraz

Junto à igreja de Mouraz, que há muitos séculos atrás foi um mosteiro cisterciense, fica a nossa pequena adega. Situada no rés-do-chão de uma antiga casa de família é um espaço de vinificação simples mas funcional. Preferimos as vinificações em cubas de inox pelo seu carácter mais neutral (e também por questões de espaço e logística) e a utilização de pequenos depósitos para vinificar os vinhos por parcelas e conhecer a essência de cada terroir. Para além do inox, utilizamos barricas usadas de carvalho francês para estagiar alguns dos nossos lotes. Mas os vinhos que passam em barrica nunca são predominantes nos lotes finais para que a barrica nunca se sobreponha à singularidade e pureza dos nossos vinhos. 

Dentro de um ou dois anos, pensamos mudar para a nossa nova adega criada de raíz de forma a conseguir diversificar ainda mais o nosso trabalho. Pretendemos adicionar outro tipo de depósitos de fermentação e estágio tais como as cubas de betão e os típicos lagares de granito, tão característicos da nossa região. 

Casa de Mouraz BOT

30 % de uvas brancas, 70 % de uvas tintas, uma vinha centenária, um pequeno quintal com menos de 1 hectare. As videiras convivem no meio das árvores de fruto (ameixeiras, cerejeiras, figueiras, oliveiras e outras), num emparcelamento muito estreito, onde as máquinas não conseguem entrar. Todo o trabalho é feito de forma manual, durante toda a campanha vitícola, desde o controle das ervas aos tratamentos com produtos naturais, de forma a garantir a qualidade destas uvas tão raras. 

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Planet Mouraz

Em 2017 lançámos o projecto PLANET MOURAZ  com o objectivo de criar vinhos “fora da caixa”, vinhos experimentais de vinhas e castas abandonadas, sem utilização de nenhum tipo de aditivos tais como sulfitos e outros. Até ao momento lançamos um vinho branco de “curtimenta” e dois tintos jovens: Planet Mouraz Bolinha, Nina e Chibu

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Planet Mouraz Bolinha

Branco de curtimenta (fermentação com a película), produzido com diferentes castas brancas de uma vinha com cerca de 50 anos. As uvas foram colocadas inteiras no depósito de inox e a fermentação ocorreu de forma natural, sem adição de sulfitos. Depois de vários meses com a película, o vinho foi retirado por gravidade e estagiou mais uns meses em inox antes de ser engarrafado. É um branco de cor alaranjada, com notas de flor de limoeiro e tomilho.  

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Planet Mouraz Nina

As uvas são provenientes de uma parcela antiga com mais de 60 anos, com castas brancas e tintas em co-plantação. As diferentes castas são vinificadas juntas em lagar. Sem adição de nenhum tipo aditivo enológico (com excepção da flor de castanheiro) o mosto fermentou de forma natural durante cerca de 2 semanas. Estagiou 6 meses em cuba de inox antes de ser engarrafado sem qualquer colagem ou filtração. É um tinto de cor aberta, vibrante, cheio de energia. 

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Planet Mouraz Chibu

Tal como o Nina, o Chibu é um tinto feito com uvas brancas e tintas vinificadas em simultâneo. Ao contrário do vinho anterior, o Chibu tem uma  percentagem menor de uvas brancas pois a vinha de origem tem um encepamento dominado pelas castas tintas. Outra das diferenças é que este vinho fermentou em cuba de inox (e não em lagar). Tal como no caso do Nina não foram adicionados nenhuns aditivos com excepção da flor de castanheiro. Engarrafado sem filtração. 

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